quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

POESIA AO VENTO INAUDIVEL

Exposto estou aos olhos de muitos cegos, gritando cultura para ouvidos moucos e parindo a fome da poesia para “desalimentados” seres.
Sucateando rimas, reinvento a filologia dos descultos, desletrados e “desbrasileirizados” senhores que nas mãos incultas, ocultam as chaves e portas e não me deixam entrar.
Também, quem manda carregar no lombo o comum sobre nome SILVA?

As mãos, que antes manejavam. Foice, estrovenga e enxada, agoram empunham um violão que muitos sonham vê-lo desafinar pelo ostracismo.
A voz, que em outrora gritava nas feiras livres vendendo bananas em pencas, duzias r centos de laranjas, hoje entoa cantiga,declama versos e fala de cultura, mas chora calado por saber que muitos cegos negam-se ver e que ouvidos moucos tapados pelos descasos negam ouvir os versos do vate cantador.

Eu ainda insisto, pois existo mesmo que a minha arte,não seja “OLOFOTADA” como a vaidade gostaria que fosse, mas que simplesmente sobe feito fumaça em aspirais e se perdem ao vento de tantos egoistas.

Todavia, espero que a cegueira também se perca e notem a gramatologia aplicada nestes versos cantados e que os ouvidos destapem um dia e possam ouvir a arte que hoje em musica eu (insistentemente) canto num canto solitário e esperançoso.


Carlos Silva é poeta,cantador, compositor e teimoso.

www.carlossilva.com.br
http://itamira.blogspot.com

Membro da Academia Mundial dos Escritores vivos e insistentes em viver.

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